Quais são as principais complicações da Escleroterapia?

Por: LegCare | 17 de Dezembro de 2021

Você sabia que as complicações da Escleroterapia variam de acordo com o método utilizado?

Sim! Porém, esse tratamento não é considerado um procedimento complexo, portanto, não é muito comum observar complicações no processo, mas sim alguns efeitos colaterais.

De qualquer forma, antes de falar mais sobre as complicações da escleroterapia, é importante saber algumas informações sobre esse tipo de tratamento.

Vamos lá?

O que é a Escleroterapia?

A Escleroterapia é um método utilizado no tratamento de veias doentes, ou seja, de varizes de diferentes tamanhos: pode ser realizada tanto em varizes maiores quanto em vasos sanguíneos pequenos.

A palavra escleroterapia é derivada da palavra de origem grega "esclerose", que quer dizer algo como "endurecer". Você sabia?

O que acontece na verdade é um processo inflamatório na vaso tratado que leva a sua oclusão e posterior absorção pelo organismo.

Os tipos de escleroterapia

Existem 4 tipos diferentes de escleroterapia, são eles:

  • Escleroterapia de forma líquida
  • Crioescleroterapia
  • Escleroterapia com espuma
  • Escleroterapia com Laser Transdérmico

Vamos falar mais detalhadamente sobre cada um deles? 

Escleroterapia com líquido

Como o nome do método propõe, a escleroterapia com líquido é realizada através da injeção de esclerosantes líquidos dentro das veias varicosas.

É o procedimento mais indicado para os casos de tratamento de veias com menor calibre, para as telangiectasias e também para as veias reticulares insuficientes.

Crioescleroterapia

Essa é uma variação da escleroterapia clássica líquida. Nesta técnica é utilizada a glicose congelada em torno de - 35 graus. Além do dano químico causado pela medicação existe um dano térmico causado pelo frio o que aumenta a eficiência do tratamento. O frio da medicação congelada também reduz a sensação de queimação que pode ocorrer durante a injeção.

Escleroterapia com espuma

Já a escleroterapia com espuma utiliza um esclerosante de forma diferente, misturando-o com o ar sob pressão com um dispositivo específico, se tornará uma espuma que então é inserida nas veias.

O esclerosante que fica na forma de espuma é mais potente, sendo bem mais eficaz no tratamento daquelas veias doentes de grande calibre e muito indicado para os casos onde elas estão presentes.

Mas, em consequência da potência adicional do esclerosante em forma de espuma, esse método aumenta os riscos de complicações após o tratamento, sendo a mancha de pele a complicação mais comum.

Escleroterapia com Laser Transdérmico

Esse método utiliza disparos de energia Laser diretamente sobre os vasos sanguíneos afetados.

O tipo de laser mais indicado para os vasos doentes das pernas é o Nd-YAG 1064 nm, de pulso longo.

A escleroterapia com o laser transdérmico é indicada para praticamente todos os casos os quais também é recomendada escleroterapia com líquido, ou seja, para os vasos de pequeno calibre, para as telangiectasias e para as veias reticulares insuficientes, podendo as duas serem utilizadas conjunto. Quando associados os métodos de escleroterapia e laser se complementam para um melhor resultado. O dano químico do medicamento mais o dano térmico do laser aumentam a eficiência do tratamento.

Principais complicações da Escleroterapia

Existem diferentes tipos de escleroterapia, e para cada um deles há complicações que ocorrem por causa do método utilizado.

Essas complicações podem ser divididas em dois grupos: complicações locais, que ocorrem na pele tratada, ou sistêmicas, que percorrem todo o organismo.

Para explicar melhor as complicações que ocorrem em cada tipo de tratamento, vamos dividi-las em grupos.

  • Complicações da escleroterapia com glicose ou líquida

Complicações locais: hiperpigmentação (mancha escura), úlcera (necrose da pele), hematoma, equimose, e telangiectasia, ou seja, a formação de pequenos vasos sanguíneos ao redor da área tratada (matting).

Complicações sistêmicas: dor de cabeça, trombose (até mesmo em vasos sanguíneos bem distantes da região), alterações na visão, reações alérgicas.

  • Complicações da escleroterapia com espuma

Complicações locais: hiperpigmentação, úlcera, hematoma, equimose e telangiectasia.

Complicações sistêmicas: dor de cabeça, trombose (também em vasos distantes), alterações na visão, isquemia cerebral e derrame.

  • Complicações da escleroterapia com Laser

Complicações locais: queimadura, hiperpigmentação, hipopigmentação (mancha clara)  e equimose.

Não há complicações sistêmicas.

Para quem a Escleroterapia é indicada?

A Escleroterapia é um tipo de tratamento que pode ser usado em quase todos os casos de varizes, possuindo poucas exceções – como no caso das gestantes.

Porém, é importantíssimo procurar um profissional e marcar uma consulta, para que ele faça uma análise do seu caso e indique o método mais adequado para iniciar o tratamento.

Para o tratamento com escleroterapia é utilizado um método invasivo, por isso só deve ser aplicado por um médico. Nunca devemos esquecer que os vasinhos podem ser apenas a “ponta do iceberg” de uma doença mais profunda e uma consulta com um angiologista cirurgião vascular pode verificar o estado da sua circulação.

Outro fator também importante para facilitar a recuperação e diminuir as chances de retorno das varizes, é que a paciente se mantenha na faixa de peso adequada para sua idade e altura.

Efeitos colaterais do tratamento

A Escleroterapia, apesar de ser um procedimento considerado invasivo, é também um método pouco complexo, permitindo que não haja muitos efeitos colaterais após sua aplicação.

Entre esses efeitos, que é comum aparecerem depois do tratamento, mas, que costumam desaparecer com o decorrer dos dias, estão:

  • Surgimento de pequenas bolhas
  • Inchaço na área tratada
  • Hematomas no local da aplicação
  • E também a relação alérgica ao produto usado na escleroterapia com espuma.

Cuidados após o tratamento

Mesmo depois do fim do tratamento ainda é preciso ter alguns cuidados com o seu corpo e seguir as orientações do médico adequadamente, para conseguir um procedimento bem sucedido e alcançar melhores resultados.

Então, os principais cuidados que você deve tomar durante os primeiros dias depois da escleroterapia são:

  • Não deixar a região da aplicação exposta ao sol
  • Não fazer depilação com laser enquanto houver hematomas grandes
  • Não fazer atividade física intensa nas primeiras horas após a aplicação

A escleroterapia não interfere na rotina diária. É possível trabalhar e usar salto alto.

Leia também o nosso artigo sobre a relação entre a musculação e as varizes!

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Dr. Marcelo Tavares Cunha

Médico Angiologista e Cirurgião Vascular. CRM-SP 106.981 Título de Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV. RQE 95.110 Título de Especialista em Ecografia Vascular com Doppler pelo CBR e SBACV. RQE 95.110Membro da Sociedade Brasileira. Sócio fundador da Clínica Legcare que se dedica, há mais de 15 anos, no tratamento das doenças venosas.