Problemas circulatórios podem causar sintomas como inchaço nas pernas, sensação de peso e desconforto ao final do dia. Em muitos casos, esses sinais podem estar associados a condições como insuficiência venosa ou até mesmo ao lipedema, uma condição crônica que afeta principalmente mulheres e impacta a qualidade de vida.
Mas, alguns exercícios como caminhada, natação e bicicleta ajudam a bombear o sangue de volta ao coração. Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), a prática regular de atividade física melhora a circulação e reduz os sintomas da insuficiência venosa.
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O que é lipedema?
O lipedema é caracterizado pelo acúmulo anormal e simétrico de gordura, especialmente nas pernas e quadris. Além do volume aumentado, há presença de dor, sensibilidade ao toque e tendência ao inchaço. Embora não tenha cura definitiva, o tratamento do lipedema pode trazer alívio significativo dos sintomas e melhorar a mobilidade, a autoestima e o bem-estar.
A seguir, veja orientações baseadas em condutas seguras e indicadas por profissionais da saúde:
1. Exercícios físicos de baixo impacto
Práticas como caminhada, natação, bicicleta ergométrica, pilates ou hidroginástica ajudam a melhorar a circulação sanguínea e linfática. Ao estimular o retorno venoso, esses exercícios colaboram na redução do edema e na preservação da saúde vascular. A escolha da atividade deve sempre considerar o conforto e a orientação de um profissional.
2. Drenagem linfática especializada
A drenagem linfática manual adaptada para pacientes com lipedema é uma técnica suave que favorece a eliminação de líquidos e reduz o inchaço. Por se tratar de uma condição com sensibilidade aumentada, a técnica deve ser realizada por fisioterapeutas ou profissionais capacitados nesse tipo de abordagem.
3. Uso adequado de meias de compressão
As meias compressivas, quando indicadas corretamente, contribuem para o controle do edema e auxiliam no retorno venoso. Em casos de lipedema, o uso deve ser orientado por um profissional de saúde, que indicará o grau de compressão mais adequado e o momento certo para utilizá-las — geralmente, ao acordar, antes que o inchaço se instale.
4. Alimentação anti-inflamatória
Embora o lipedema não esteja diretamente relacionado ao excesso de peso, manter uma alimentação equilibrada, com foco em alimentos anti-inflamatórios e redução de açúcares e ultraprocessados, pode ajudar a controlar os sintomas. Beber água em quantidade adequada também é fundamental para o bom funcionamento do sistema linfático.
5. Recursos terapêuticos complementares
Com orientação médica, algumas técnicas podem ser associadas ao tratamento do lipedema:
- Pressoterapia com protocolos individualizados
- Radiofrequência com controle térmico
- Criolipólise seletiva, em casos selecionados
- Mesoterapia com substâncias anti-inflamatórias
Essas abordagens devem ser avaliadas caso a caso, sempre respeitando as diretrizes médicas.
6. Acompanhamento profissional especializado
O tratamento do lipedema requer acompanhamento por uma equipe multiprofissional. Entre os profissionais envolvidos estão:
- Especialista em lipedema (angiologista, cirurgião vascular ou médico com formação adequada)
- Fisioterapeuta
- Nutricionista
- Profissionais de saúde estética capacitados, quando indicado
Esse acompanhamento contínuo permite um plano de cuidado individualizado, com foco na qualidade de vida da paciente.
Quando procurar ajuda?
Se você apresenta inchaço frequente nas pernas, dor ao toque, sensação de peso ou dificuldade de mobilidade, é importante buscar um especialista em lipedema ou profissional da área vascular. O diagnóstico precoce faz diferença no controle da progressão da condição e na escolha das melhores estratégias de cuidado.
O tratamento do lipedema é baseado em mudanças de hábitos, intervenções não invasivas e acompanhamento profissional. Embora não exista uma cura definitiva, é possível melhorar a circulação, reduzir o inchaço e preservar a saúde vascular com atitudes simples e consistentes no dia a dia.
Em caso de dúvidas ou persistência dos sintomas, não hesite em procurar um profissional de saúde para avaliação individualizada.
