A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular - SBACV define varizes como veias dilatadas e tortuosas com alteração de fluxo sanguíneo em seu interior. Existem alguns tipos de varizes e o tratamento é diferente para cada uma delas.
A cirurgia para retirada de Safena é um desses tratamentos, que é indicado, geralmente, quando há dilatação e insuficiência significativa de fluxo sanguíneo na veia safena.
Uma das dúvidas mais frequentes em relação à cirurgia para retirada de safena é se ela não irá fazer falta no futuro, a resposta é simples: não.
Apesar de todas as veias e vasos sanguíneos serem importantes no corpo humano, a presença deles com mau funcionamento traz mais malefícios do que sua ausência completa.
Para entender melhor, vamos aprender um pouco mais sobre a veia safena.
A safena é uma veia que faz parte do sistema venoso superficial dos membros inferiores.
Cada perna possui duas veias safenas: a chamada parva, que tem início no tornozelo (parte externa do pé) e termina geralmente na dobra do joelho, e outra chamada safena magna, que tem início também no tornozelo, mas pela parte interna, e vai até a virilha.
A função dessas veias é levar o fluxo sanguíneo das partes mais baixas (pés) para as partes mais altas do corpo.
A veia safena, assim como qualquer veia ou vaso do corpo, pode apresentar alguma alteração em seu funcionamento, que a depender do tipo e gravidade pode apresentar ou não sintomas.
As principais alterações da veia safena são:
Quando há insuficiência, o fluxo sanguíneo não retorna adequadamente pela veia devido ao mau funcionamento das válvulas, o sangue flui no sentido contrário pela veia que está comprometida (o chamado refluxo).
Como o próprio nome sugere, ocorre um aumento no calibre do vaso que fica dilatado e tortuoso, comprometendo também o fluxo sanguíneo.
Em ambos os casos a circulação sanguínea dos membros inferiores fica comprometida, podendo ocorrer alguns sintomas bastante comuns:
Para decidir se há necessidade da intervenção cirúrgica para o tratamento da insuficiência venosa, é preciso haver uma avaliação por um profissional.
Não são todos os casos em que a safena precisa ser retirada, algumas vezes, mesmo com a presença de sintomas, basta eliminar as varizes para que não haja agravamento do quadro.
A decisão, nesse caso, será tomada por um médico após uma análise criteriosa do quadro do paciente.
Um dos exames mais comuns e precisos para o diagnóstico é o ultrassom Doppler colorido (duplex scan). Com esse exame é possível identificar o fluxo sanguíneo, sua direção e velocidade. Com esses dados em mãos e a avaliação clínica do paciente, o médico responsável vai eleger o procedimento mais indicado e seguro para o quadro apresentado.
Existem situações em que será possível a preservação da safena, onde serão realizados outros procedimentos para o tratamento das varizes como, por exemplo, a escleroterapia como espuma nas varizes ou a microcirurgia de varizes (miniflebectomia).
Em algumas situações o tratamento mais indicado será a cirurgia para a retirada da safena, o que, como dito anteriormente, trará mais benefícios do que a permanência da veia doente comprometendo o fluxo sanguíneo e podendo acarretar outros problemas.
A retirada da safena é segura devido a sua posição na superfície mas é necessário ser realizada sob anestesia em centro cirúrgico. Existem métodos alternativos como termoablação com laser ou radiofrequência e a escleroterapia com espuma ecoguiada.
Caso o diagnóstico indique que o ideal é a retirada da veia safena, será indicado ao paciente o tratamento através da cirurgia convencional.
A cirurgia para a retirada da safena, também conhecida como safenectomia, é relativamente simples e a recuperação é rápida.
Primeiro deve ser feito um corte na pele da virilha, onde o cirurgião identifica a veia safena e a separa da veia femoral. Logo após deve ser identificada a outra extremidade da veia safena, fazendo também um pequeno corte.
Através de uma abertura na veia será introduzido um fio de plástico ou metal chamado fleboextrator, ele vai ocupar toda a extensão da veia safena até uma de suas pontas atingir a região da virilha.
Depois que o fleboextrator estiver com suas pontas nas duas extremidades da safena ele será amarrado na veia e puxado, arrancando a veia por completo.
Após retirar a veia, é feita a compressão de todo o local. Esse procedimento de comprimir o lugar onde foi retirada a veia deve ser feito durante alguns minutos para evitar o acúmulo de sangue.
O último passo da cirurgia é o fechamento dos cortes através de pontos nas camadas de gordura e na pele.
Após a cirurgia, o tempo de repouso indicado é em média de 10 a 15 dias e devem ser evitados exercícios físicos, mantendo sempre que possível os pés elevados.
Nesse período é muito comum o aparecimento de grandes hematomas em todo o local em que a veia ficava, eles desaparecem alguns dias depois.
O paciente que passou pela cirurgia poderá fazer uso de medicamentos para controle de dor, anti inflamatórios e antibióticos prescritos pelo médico.
No período de recuperação é necessário utilizar meias de compressão durante 30 dias e evitar exposição ao sol.
Atualmente a cirurgia para retirada de safena pode ser substituída por alguns procedimentos menos invasivos como termoablação com laser ou radiofrequência e a escleroterapia com espuma ecoguiada.
Por esse motivo, é importante procurar por profissionais capacitados para um diagnóstico preciso e a indicação do tratamento mais adequado e a possibilidade de tratamentos alternativos.
A LegCare é uma clínica especializada em angiologia e cirurgia vascular, que conta com os equipamentos mais modernos e os profissionais mais qualificados para oferecer diagnósticos precisos e realizar tratamentos eficientes.
Com uma estrutura planejada para o conforto e a segurança do paciente, a LegCare conta com a tecnologia para tornar o tratamento menos dolorido e mais eficaz.
Se ainda restar alguma dúvida a respeito da cirurgia para retirada de safena entre em contato com nossos profissionais e agende uma consulta.