Você sabia que as complicações da Escleroterapia variam de acordo com o método utilizado?
Sim! Porém, esse tratamento não é considerado um procedimento complexo, portanto, não é muito comum observar complicações no processo, mas sim alguns efeitos colaterais.
De qualquer forma, antes de falar mais sobre as complicações da escleroterapia, é importante saber algumas informações sobre esse tipo de tratamento.
Vamos lá?
A Escleroterapia é um método utilizado no tratamento de veias doentes, ou seja, de varizes de diferentes tamanhos: pode ser realizada tanto em varizes maiores quanto em vasos sanguíneos pequenos.
A palavra escleroterapia é derivada da palavra de origem grega "esclerose", que quer dizer algo como "endurecer". Você sabia?
O que acontece na verdade é um processo inflamatório na vaso tratado que leva a sua oclusão e posterior absorção pelo organismo.
Existem 4 tipos diferentes de escleroterapia, são eles:
Vamos falar mais detalhadamente sobre cada um deles?
Como o nome do método propõe, a escleroterapia com líquido é realizada através da injeção de esclerosantes líquidos dentro das veias varicosas.
É o procedimento mais indicado para os casos de tratamento de veias com menor calibre, para as telangiectasias e também para as veias reticulares insuficientes.
Essa é uma variação da escleroterapia clássica líquida. Nesta técnica é utilizada a glicose congelada em torno de - 35 graus. Além do dano químico causado pela medicação existe um dano térmico causado pelo frio o que aumenta a eficiência do tratamento. O frio da medicação congelada também reduz a sensação de queimação que pode ocorrer durante a injeção.
Já a escleroterapia com espuma utiliza um esclerosante de forma diferente, misturando-o com o ar sob pressão com um dispositivo específico, se tornará uma espuma que então é inserida nas veias.
O esclerosante que fica na forma de espuma é mais potente, sendo bem mais eficaz no tratamento daquelas veias doentes de grande calibre e muito indicado para os casos onde elas estão presentes.
Mas, em consequência da potência adicional do esclerosante em forma de espuma, esse método aumenta os riscos de complicações após o tratamento, sendo a mancha de pele a complicação mais comum.
Esse método utiliza disparos de energia Laser diretamente sobre os vasos sanguíneos afetados.
O tipo de laser mais indicado para os vasos doentes das pernas é o Nd-YAG 1064 nm, de pulso longo.
A escleroterapia com o laser transdérmico é indicada para praticamente todos os casos os quais também é recomendada escleroterapia com líquido, ou seja, para os vasos de pequeno calibre, para as telangiectasias e para as veias reticulares insuficientes, podendo as duas serem utilizadas conjunto. Quando associados os métodos de escleroterapia e laser se complementam para um melhor resultado. O dano químico do medicamento mais o dano térmico do laser aumentam a eficiência do tratamento.
Existem diferentes tipos de escleroterapia, e para cada um deles há complicações que ocorrem por causa do método utilizado.
Essas complicações podem ser divididas em dois grupos: complicações locais, que ocorrem na pele tratada, ou sistêmicas, que percorrem todo o organismo.
Para explicar melhor as complicações que ocorrem em cada tipo de tratamento, vamos dividi-las em grupos.
Complicações locais: hiperpigmentação (mancha escura), úlcera (necrose da pele), hematoma, equimose, e telangiectasia, ou seja, a formação de pequenos vasos sanguíneos ao redor da área tratada (matting).
Complicações sistêmicas: dor de cabeça, trombose (até mesmo em vasos sanguíneos bem distantes da região), alterações na visão, reações alérgicas.
Complicações locais: hiperpigmentação, úlcera, hematoma, equimose e telangiectasia.
Complicações sistêmicas: dor de cabeça, trombose (também em vasos distantes), alterações na visão, isquemia cerebral e derrame.
Complicações locais: queimadura, hiperpigmentação, hipopigmentação (mancha clara) e equimose.
Não há complicações sistêmicas.
A Escleroterapia é um tipo de tratamento que pode ser usado em quase todos os casos de varizes, possuindo poucas exceções – como no caso das gestantes.
Porém, é importantíssimo procurar um profissional e marcar uma consulta, para que ele faça uma análise do seu caso e indique o método mais adequado para iniciar o tratamento.
Para o tratamento com escleroterapia é utilizado um método invasivo, por isso só deve ser aplicado por um médico. Nunca devemos esquecer que os vasinhos podem ser apenas a “ponta do iceberg” de uma doença mais profunda e uma consulta com um angiologista cirurgião vascular pode verificar o estado da sua circulação.
Outro fator também importante para facilitar a recuperação e diminuir as chances de retorno das varizes, é que a paciente se mantenha na faixa de peso adequada para sua idade e altura.
A Escleroterapia, apesar de ser um procedimento considerado invasivo, é também um método pouco complexo, permitindo que não haja muitos efeitos colaterais após sua aplicação.
Entre esses efeitos, que é comum aparecerem depois do tratamento, mas, que costumam desaparecer com o decorrer dos dias, estão:
Mesmo depois do fim do tratamento ainda é preciso ter alguns cuidados com o seu corpo e seguir as orientações do médico adequadamente, para conseguir um procedimento bem sucedido e alcançar melhores resultados.
Então, os principais cuidados que você deve tomar durante os primeiros dias depois da escleroterapia são:
A escleroterapia não interfere na rotina diária. É possível trabalhar e usar salto alto.
Leia também o nosso artigo sobre a relação entre a musculação e as varizes!
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